segunda-feira, 23 de maio de 2011

Aliada Internet


  Surgida na Guerra Fria como meio de comunicação entre militares, a internet ao passar do tempo tornou-se elemento de comunicação e cultura da sociedade. Trata-se de uma peça importante e fundamental no mercado de trabalho hoje em dia. Muito mais do que uma ferramenta de divertimento, ela podem também ser uma grande aliada na carreira profissional.
  
  As tão populares redes sociais representam novas oportunidades para o marketing visual de áreas da empresa que se ocupam da relação com seus clientes, o que se aplica perfeitamente à Arquitetura, já que se trata de uma área visual, onde o currículo é um portfólio, com imagens de criações do trabalho de um grupo empresarial ou de um arquiteto autônomo.
   
  O Brasil está entre os dez países com maior número de acessos a mídias sociais. As empresas vêm utilizando as redes sociais como ferramenta de recrutamento há cerca de um ano e meio, apesar de algumas áreas específicas já trabalharem com o método há mais tempo. (Lembrando que devido a isso deve-se também ter cuidado com o que se expõe em tais sites de relacionamento)
  
  Esses aspectos fazem com que o desenvolvimento das ciências, das tecnologias, das artes, dos assuntos em geral, seja em um ritmo muito mais acelerado do que vem acontecendo, tendo assim o mercado de trabalho melhor rendimento e maior rotatividade. 

                                                                                                                   Por Karine Dattoli

Fonte: www.umsabadoqualquer.com             (18/05/11)


Para mais charges de Arquitetura: El Show de Juanelo ©








Fontes:
JFW Redes Sociais Aliadas no Mercado de Trabalho 
Centro de Deduções Lógicas  

domingo, 22 de maio de 2011

Entrevistando Dange Cardoso

  Maria Angela Barreiros Cardoso ou Dange Cardoso, como é mais conhecida, é uma arquiteta e urbanista formada pela Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal da Bahia, já desenvolveu projetos pluri-domiciliares nas áreas de urbanismo, paisagismo, planejamento e restauração.
  Na segunda feira, dia 18 de abril, ela nos cedeu uma entrevista muito agradável em seu escritório Spatium, localizado no bairro do Rio Vermelho, onde abordou temas polêmicos ligados a cidade de Salvador e sua desorganização urbanística. Além de esclarecer fatores relacionados a profissão ontem e hoje.
  Questões como o inchaço populacional da cidade de Salvador desagregada a uma infra estrutura urbanística necessária é realmente um caso a se analisar. Em consequência desse fato, uma série de desequilíbrios no funcionamento da cidade vai aparecendo e deformando a harmonia da paisagem metropolitana.
 
Equipe A.U: Sobre a perspectiva do paisagismo e urbanismo em Salvador, qual você acha que seria o futuro desenvolvimento dele e como está sendo o seu desenvolvimento?

Dange: Eu acho preocupante. Porque da maneira que eu penso eu sou quase “fuzilada”! fora do meu contexto existe uma coisa que é contraria a mim que é a especulação imobiliária. O que é isso? Vocês sabem?

Equipe A.U: Eu imagino que nisso entre aquela questão das paisagens das praias e de toda aquela preocupação da construção dos edifícios, até que altura. E que ate agora está...

Dange: Exatamente. Quando se andava pela paralela você tinha um verde continuo. Agora tem torres, uma junto da outra. Isso é impossível de se fazer. Isso que se chama especulação. Que é construir para vender, apenas para vender. É um negócio. Um negócio imobiliário, não é? Essa especulação é contraria exatamente, á preservação. Ao invés de fazer tanta torre eu poderia explorar fazendo menor quantidade de torres, mais afastadas e deixando áreas de preservação. Então salvador é preocupante.
Ela tem uma lei de uso do solo dentro de um plano de ordenamento que se chama PDDU. Ela tem a lei, mas isso não seque a lei. E quando a gente pensa, se eu fizer um corte aqui. Aqui tem a paralela, que eu estou falando, o canteiro central, os carros e um terreno cheio de mato. Se eu cortar o terreno para botar uma torre aqui, terei ainda que cortar mais embaixo para botar a garagem. Então isso não é só isso, é isso e mais uma outra garagem e mais outra torre, entenderam? Então aqui por baixo que a gente não vê é que esta o perigo. Isso é um problema para Salvador. A cidade está sendo assim. Nós estamos perdendo toda a área verde e permeável, a gente esta perdendo toda a qualidade de vida natural que ainda existe na cidade. Nós estamos perdendo!

Equipe A.U:  eu como uma arquiteta, uma futura arquiteta, o que eu posso fazer para melhorar esse espaço que nós estamos?
 
Dange: você como uma futura arquiteta. Eu não posso dizer pra você fazer o que eu faço, mas você ao longo de sua faculdade vai conhecer todas as linhas de seguimento da arquitetura, porquê a arquitetura tem varias ramificações. Não é tanto quanto medicina, mas ela tem algumas e você deve ter contato com todas elas ao longo de sua graduação para que tenha segurança no futuro para saber onde vai seguir. Você só tem um caminho para seguir, não é? Mas tem que ter base e muito conhecimento para escolher esse caminho, porque é difícil! Pode escolher o caminho de arquitetura de interiores , que não olha nada disso em volta, entendeu? Não foi o que eu escolhi, embora eu faça. A casa dela mesmo eu fiz, interiores. Não tem problema fazer, não é crime! Mas você tem que ter uma direção, primeiro uma compreensão de como vê o mundo. Hoje eu tenho 38 anos de formada, mais cinco são 43 anos que eu lido com a arquitetura. Estudando e vendo como eu me conduzir dentro desse processo todo , porque eu não posso deixar de trabalhar, eu não posso negar que isso tudo existe. O mundo está ai, o crescimento , a evolução, é assim. Não posso negar isso. Por isso tenho que ver como é a minha conduta ética para poder enfrentar tudo isso. Do mesmo modo que a gente tem uma conduta ética ao assistir um filme, da maneira que a gente se relaciona com nossos pais, irmãos, com namorados, com amigos. Temos uma conduta ética que faz com que a gente escolha, seja um caminho ou as pessoas que vai encontrando e pra onde você vai. Então é isso. Eu tinha uma matéria na faculdade chamada estética na arquitetura. Nessa matéria vocês vão ter que ver o que é uma conduta ética. A conduta ética ela envolve não só tomar o trabalho dela ou o da outra, não é só isso. Esse é um lado que já superamos. É mais “em qual o trilho que agente vai caminhar?”. Porque a gente pode ate sair dele, parar numa estação, conhecer o que tem em volta, mas depois voltamos e pegamos o mesmo trilho.
    
Equipe A.U: Porque você estudou arquitetura?

Dange: Eu sou do interior, minha família é do interior e como no meu interior não tinha curso de ginásio, aos 12 anos, eu vim para aqui para poder estudar. Minha irmã mais velha estudava arquitetura e já estava prestes á se formar. Quando eu vi a prancheta, naquela época era uma prancheta, com aquele desenho!A primeira vez que eu vi, eu disse: “eu também vou fazer isso!”. E não tive duvidas. Depois fui fazer o ginásio, imagina, eu tinha 12 anos e fui fazer o ginásio, eu tive a maior paciência de fazer o ginásio e mais 3 anos de colegial pra saber onde eu ia dá. Porque eu queria aquilo! Depois disso, eu fiz dois vestibulares,porque naquela época não era um vestibular único. Me deu um frio na barriga, eu disse: “ e se eu perder em arquitetura? Eu vou perder o ano!”.  Então eu fiz vestibular pra física,mas passei em arquitetura! Ainda bem que eu passei para arquitetura. Mas foi assim. Eu sabia o que eu queria. Não tinha quem dissesse assim: “ você vai ficar rica fazendo direito, fazendo medicina...”. Não tinha.eu ia fazer arquitetura. Eu já nasci assim.

Equipe A.U: Você acha nos estudos de arquitetura atuais a gente tem alguma facilidade em comparação á época em que você estudou arquitetura?

Dange: Tem muita. Muita dificuldade e muita facilidade. Porque antes, a gente trabalhava muito com a imaginação. Imagine, você tinha que tirar do lápis uma linha e ela ai para algum lugar, hoje não. Hoje você entra no AutoCAD e tem um mundo ali,um mundo cheio de ferramentas capaz de te dar uma parede pronta, um volume pronto! Você já pode desenhar em 3D quando o 3D esta na cabeça da gente. Se eu quiser fazer isso aqui em 3D eu vou ter que levantar, abrir a perspectiva para formar o espaço. Eu não vou dizer que é ruim nem bom,porque tudo é bom e tudo é da vida e do momento. Está bom porque tá assim e a gente tem que achar bom do jeito que esta. Agora, está faltando informação para os alunos e para os arquitetos que eu vejo, tá faltando informação em termos de criatividade. Eu sinto que está faltando. Todo mundo sabe muito AutoCAD, mas não sabe criar, não sabe fazer um desenho e não sebe se expressar na mão que era a primeira arma da gente, era a mão. Hoje isso está em segundo plano. Eu sou apaixonada pela arquitetura, eu já crio no computador, mas prefiro criar no nada primeiro, sem escala, só deixo a mente ir, é instintivo. Se a mente mandar em você um pouquinho, solta a mão e deixa. Quando você começar a colocar isso em escala é outra história. Você vai ver se a medida deu errada ou deu certa e vai ajustando, porque entra ai uma briga do lado direito com o lado esquerdo do cérebro. Um diz que é tudo racional e outro diz que é intuitivo. Eu acho melhor a intuição falar primeiro e depois o racional vai podando a intuição, não é que pode mesmo, mas ele vai dando forma. Aquela coisa amorfa vai adquirindo uma forma. Então, a gente vai se apropriar dos instrumentos. eu trabalho com AutoCAD, com paint Brush, com um monte de coisa e vou aprendendo. Eu não sei nada de AutoCAD, eu devo saber uns cem comandos no máximo, porque tem uns três mil , mas o que eu sei dá para expressar um projeto. Eu também conto com o auxílio, aqui no escritório, que funciona de oito ás quatorze, eu conto com a ajuda de estagiários eu tenho arquitetos, tem outras pessoas que trabalham comigo. O que é bom pra mim, porque são duas cabeças e uma vem de lá e a outra vem de cá. É muito bom trabalhar com jovens porque eles estão vendo o que eu não vejo. Ao mesmo tempo que ele vai aprender comigo, eu vou ver muita mais coisas com eles, porque eles estão trazendo uma informação que eu não estou vendo mais, já foi. Eu já passei por isso, há muito tempo atrás. É insuportável ficar velho porque é como se a gente fosse subindo uma escada e vai olhando o que esta por cima, mas a gente sempre precisa ver o que esta andando pela escada. Então para eu descer a escada e ficar olhando, as vezes eu não sei mais, eu já estou preocupada com outras coisas, vendo outras coisas, mas tem alguém que esta pisando no mesmo degrau e esta mostrando o que eu não consigo ver. É muito bom , eu gosto muito de trabalhar com estagiários. Nunca gostei de dar aulas, mas aqui no escritório eu ensino muito.
 

  Já em relação a visão de Dange perante o passado e o futuro da arquitetura, constatamos claramente que atualmente os recursos disponíveis a favor do profissional arquiteto, incluindo recursos tecnológicos e cada vez mais informatizado e precisos, facilitam a obtenção de resultados de forma mais rápida e coesa. Agilidade, rapidez e praticidade tem sido obtidos cada vez mais e com mais sucesso a medida que estes novos recursos se instalam.
Foi notado pela arquiteta a falta de trabalhos manuais de alguns profissionais que se dedicam tanto as novas tecnologias que acabam se desvinculando do primórdio da arquitetura : o desenho manual. Assim a construção de perspectivas manuais, os croquis que dão asas a imaginação e são a base para qualquer projeto vem sido esquecidos e cada vez menos utilizados.
  Certamente existem dificuldades para o novo profissional de arquitetura, entretanto comparado ao passado, há também uma variedade de fatores otimizadores do trabalho que agilizam o processo de criação para um mercado que cresceu e crescerá ainda mais nos anos seguintes.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Quem somos nós!


 Em determinado momento das nossas vidas, devemos optar que caminho profissional devemos seguir. Por diferentes motivos, optamos pelo estudo da Arquitetura e ao nos depararmos com a matéria “Comunicação”, nós, Beatriz Ulloa, Gabriela Azevedo, Karine Dattoli e Thalita Barreiro, nos reunimos para a elaboração de uma atividade que levasse em conta o significado e a presença da nossa profissão no presente e no futuro. Tendo como uma das funções dessa atividade a divulgação das informações encontradas sobre o assunto, nada melhor do que a criação de um blog.
 No primeiro dia em uma universidade, não sabíamos ao certo tudo o que a arquitetura envolvia mas aos poucos estamos conhecendo e por meio deste blog ,através de artigos, charges e outras informações, poderemos divulgar o que pra nós é interessante que se conheça, tanto para aqueles da área como para aqueles que simplesmente a admiram ou tem curiosidade pela Arquitetura e Urbanismo.
                                                                                                                                                     Por Beatriz Ulloa